Pirâmide Invertida

 

 

 

 

 

 

 

 

Pirâmide invertida

Sabe, meu querido e inútil Facebook, dias atrás publiquei aqui um texto sobre os meus quatro primeiros amigos. Desde Rubinho, o primeiro, até Décio, o mais querido e presente durante minha infância na cidade de Marília.

Hoje, não sei a razão pela qual, voltei a pensar no assunto e, prontamente, conclui que a amizade é uma pirâmide invertida, como gostaríamos que fosse a humanidade quanto ao aspecto de educação, saúde, conforto e segurança. Econômica e socialmente, enfim.

Depois de Rubinho, que é o vértice da tal pirâmide invertida, vieram Décio, Tiraca e Aldoninho. Depois deles, mesmo em Marília e antes de minha mudança para Araçatuba, outros vieram. Lembro-me dos Gianvechio, dos filhos de Dona Vitória e do filho de um relojoeiro quase nosso vizinho. Digo quase porque entre as nossas casas havia uma outra habitada por uma mulher maluca, de quem a criançada tinha o maior medo. Bola que caísse em seu quintal era bola perdida. Felizmente eram tempos de bola perdida e não de bala perdida.

Em Araçatuba o crescimento invertido da pirâmide teve prosseguimento através de meus primos, filhos do irmão de mãe, tio Jorge. Depois, certamente, vieram os amigos do Araçatuba Clube e do Grupo Escolar Cristiano Olsen, onde concluí o terceiro e o quarto ano primários. No terceiro, a professora foi a Dona Lica (obrigado, Maria Vitória) e a do quarto ano e admissão Dona Nadir.

Em Araçatuba a pirâmide cresceu exponencialmente. Vivi ali cerca de doze anos. Depois vieram os amigos de Ponta Grossa, no Paraná; da Polícia do Exército, no Rio de Janeiro; de Campo Grande (MS) e Assis (SP), tanto do BB quanto da Educação Física e basquetebol; Campo Grande, novamente; Anadia (AL); Campo Grande (MS), mais uma vez; Maceió (AL); e, finalmente, Salvador (BA).

O bom de tudo — e nem tudo foi bom, ou até mesmo razoável — é que, quando olho para trás ou mesmo para os lados, já que muitos de meus amigos ainda são vivos e mantemo-nos, de uma forma ou de outra, em contato, só sinto coisas boas. Isto graças à sabedoria da vida que, num determinado momento de minha trajetória, não sei quando, fez-me aprender aquela velha e sábia lição de saber separar o joio do trigo.

Um grande e forte abraço a todos e um ótimo final de semana.

Braulino

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