Assis – historinha

Não sei se já comentei o fato em algum texto meu e se já o fiz, desculpem-me pela repetição. Resolvi, no ano de 1969, participar de uma permuta de funcionários do Banco do Brasil entre as agências de Campo Grande (MS), onde eu trabalhava, e Assis (SP), para ficar perto das cidades de Bauru ou São Carlos, as únicas no interior do Estado São Paulo que, àquela época, ofereciam o curso de educação física, que eu sonhava frequentar.

Cheguei em Assis em julho daquele ano e em novembro foi criado o curso superior de educação física lá mesmo, mantido pelo PIME – Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, entidade católica que mantinha também, além do seminário, cursos regulares de ensino primário e secundário, se minha memória não me trai. Padre José, o diretor geral, e professor Wilson Nogueira, diretor do curso de educação física, os grandes entusiastas. Em dezembro já sabia que tinha passado no primeiro vestibular e formaria, com mais noventa e nove colegas e amigos, a primeira turma da Escola de Educação Física de Assis, de tão boa e nobre lembrança.

Acredito que fomos divididos em números iguais: cinquenta vagas para a turma masculina e outras cinquenta para a feminina. Como eu, era enorme o número de pretendentes àquele curso e, por conta disso, faziam parte dessa primeira turma alunos e professores de Assis, Ourinhos, Presidente Prudente, Echaporã, Marília, Rancharia, Martinópolis, Cândido Mota, Presidente Bernardes, Santo Anastácio, Palmital além de outras, inclusive do norte do Estado do Paraná como Jacarezinho, Bandeirantes, Andirá e mais ainda. A heterogeneidade dos alunos era, talvez, a marca mais notável. Desde jovens de dezessete anos ainda até coroas já quase na beira dos cinquenta, não sei se para mais ou para menos. Para ver se consigo tirar um sorriso seu, Íamos da fralda infantil à fralda geriátrica. Uma turma fantástica, unida, divertida, focada, interessada

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