Rua Herminio Magalhães

Quando nasci meus pais moravam na cidade de Orlândia (SP). Por conveniência, uma vez que meus avós maternos moravam em Araçatuba, foi lá que, pelas mãos de minha querida madrinha e parteira Dona Joaquina Pedroso, eu vim ao mundo. Não sei se já tinha completado dois anos quando meus pais mudaram de Orlândia para Marília, onde ficamos até meus nove anos de idade, quando então transferiram residência para Araçatuba.

Fomo morar na rua Carlos Gomes, que nasce na praça Rui Barbosa, coração da cidade e que, depois de percorrer cerca de nove quarteirões, termina no encontro com a rua Cristiano Olsen. Durante aproximadamente dez anos, na casa de número 654, vivi naquela rua que leva o nome do campineiro, maior compositor lírico das Américas.

A região era rica em lugares especiais para crianças e adolescentes brincarem. O mais importante deles, sem dúvida, era a praça Getúlio Vargas. Havia também a pracinha da caixa d’água, os fundos do Instituto de Educação Manoel Bento da Cruz, o Araçatuba Clube, sua entrada para a piscina.

Porém, de feliz lembrança, havia também uma pequena rua, muito especial. Seu nome, rua Hermílio Magalhães. Deveria, mas não guardei seu nome na cabeça, como não guardo os nomes de uma infinidade de vias de minha cidade natal. Vali-me do Google Maps para relembrar o nome e, depois, precisei apenas de minhas memórias para recordar que na junção da Hermílio Magalhães com a Carlos Gomes, exatamente entre as casas onde moravam o Reginaldo Leme, de um lado, e o João Antonio Cintra, do outro, transformamos em um daqueles pontos preferidos. Ali jogávamos bete (ou bets, ou betia).

Que levante a mão quem jogou bete (ou bets, ou betia) ali e viveu momentos inesquecíveis.

Minha mãe artista<< >>Rock'n roll

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